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sábado, 24 de março de 2012

Locanty faz Doações a Partidos Políticos e recebe até da Polícia Federal


A LOCANTY, uma das empresas denunciadas pelo Fantástico no último domingo, dia 18, doou mais de R$1,4 milhão para quatro campanhas eleitorais de 2010. Entre as doações, três foram para políticos do Rio: o governador Sérgio Cabral (PMDB) recebeu R$1,3 milhão e os deputados estaduais Alcebíades Sabino (PSC) e Bebeto (PDT), que receberam R$50 mil cada. O candidato à presidência José Serra (PSDB) também recebeu contribuição de R$50 mil.

Fonte: O Globo e Portal da Transparência mantido pelo governo Federal.

A bem da verdade, o Tribunal Superior Eleitoral confirmou que a doação de R$ 1,3 milhão feita pela empresa LOCANTY na campanha eleitoral de 2010 foi feita para o PMDB. Ou seja, ao partido! Mas, com que objetivo?

No Rio de Janeiro, a LOCANTY já recebeu mais de R$7 milhões em 2012 das secretarias de Segurança, Casa Civil, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Transportes, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça.

Uma curiosidade: A LOCANTY presta serviços para a Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, responsável por investigar as denúncias! Os contratos ultrapassaram o valor de R$1,2 milhão: R$629 mil em 2010 e R$590 mil em 2009. Este ano, a LOCANTY já recebeu quase R$150 mil.

A LOCANTY recebeu dos cofres federais R$39,4 milhões em 2011, sendo R$33,1 milhões apenas para a contratação de mão de obra. Atuou até em evento internacional, como o V Jogos Mundiais Militares, que reuniu atletas de 120 países no Rio de Janeiro.

O maior cliente entre repartições federais em 2011 foi o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI): R$9 milhões!

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ) frisou já ter encaminhado à ALERJ pedido, em 2010, para investigar denúncias de fraudes nas licitações, ao longo do governo de Sérgio Cabral.

O pior é que as empresas dizem que isso é normal - praxe do mercado. Consequentemente, podemos supor que TODOS OS CONTRATOS (inclusive, os serviços prestados à Superintendência da Polícia Federal) da TOESA, LOCANTY, RUFOLLO e BELLA VISTA sejam suspeitos.


A princípio, TODA empresa que faz DOAÇÃO a Partidos Políticos deve ser averiguada. Com qual objetivo? Ideologia? Conta outra!
  
Este vídeo está disponível no Youtube e não possui restrição de uso.


Observem que o advogado afirma que: “A empresa não atua dessa forma...“. Tudo bem. Ele está desempenhando o papel dele, mas, não me convenceu! 

A TOESA está sendo processada e o escândalo envolve, coincidentemente (Será mesmo coincidência?), um parente do secretário de saúde do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cortês. Mesmo que o Sr. Sérgio Cortês alegue não ter conhecimento, em função do papel que desempenha, tem responsabilidades. Logo, deve ser investigado. Até para NOS ENSINAR como é possível a um secretário de saúde do Estado do Rio de Janeiro conseguir morar em uma cobertura duplex avaliada em milhões de reais na Lagoa? O governador paga tão bem assim secretário?

Sinceramente, não são só os donos da TOESA, LOCANTY, RUFOLLO e BELLA VISTA que devem pagar pelos seus crimes, mas, TODOS os envolvidos, sem exceção.

A
 Ministério Público tem que aferir a evolução patrimonial de todos os envolvidos! 

Depois o Governo Federal vem falar em CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para financiar o SUS - Sistema Único de Saúde.

A arrecadação da CPMF foi de R$ 4,5 bilhões (Muito dinheiro!) e o destino de todo esse dinheiro o povo sabe qual foi...

Ao Ministério Público não cabe tão somente punir, de forma exemplar, todos os envolvidos nessas falcatruas; cabe também fazer com que todo esse erário desviado retorne aos cofres públicos para que seja efetivamente investido na saúde pública de forma totalmente transparente.

O Portal da Saúde define o SUS como: “É um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país...”.

Brincadeira! Os cidadãos que não possuem plano de saúde e necessitam ir a um hospital público são mal atendidos (Isso quando são atendidos!) e NÃO possuem NENHUMA INFORMAÇÃO! E, deveria existir transparência! O cidadão tem o direito de ter acesso, no LOCAL (Hospital, UPA, etc) e na WEB (em tempo real), à informações do tipo:

1.     Especialidades Médicas (Dermatologia, Endocrinologia, Gastroclínica, etc.).
2.    Tipo de Atendimento (Ambulatorial, Pronto-Socorro, Consultas Médicas, Exames, etc.).
3.     Médicos, suas Especialidades e Horários de Atendimento.
4.     Médico que está atendendo no momento.
5.     Número da senha do paciente que o médico está atendendo.
6.     Hora que iniciou o atendimento.
7.     Duração do último atendimento.
8.     Empresas Terceirizadas e Tipo de Serviços Prestados (Manutenção de Elevadores, Manutenção do Aparelho de Raios X, etc.).


Exemplos de telas

E, outras informações relevantes que especialistas, junto com os usuários dos serviços, possam definir. Tal sistema de informação poderia facilmente ser desenvolvido por uma das diversas áreas de tecnologia da informação do governo.

Talvez até desagrade a alguns poucos, mas, o POVO adoraria FISCALIZAR o atendimento que NÃO é gratuito, é pago com os nossos impostos – assim como as Bolsas Famílias, Minha Casa Minha Vida e outros programas populistas do governo que, infelizmente, ainda são necessários, no contexto atual.

O povo quer é estudar em bons colégios e se auto-sustentar! CPI JÁ!

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Jornalista, Músico ( posição no Rank de Jazz da reverbnation.com/niltonvalle) e Funcionário Público Federal. 
Agraciado com o Prêmio Embaixador do Rio! 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Pedais Green Phase 900 e Blue Booster (Publicada na revista Backstage na edição de novembro de 2009)



Pedais Green Phase 900 e Blue Booster
 Dicas e Soluções 



Originalmente utilizado pelas bandas psicodélicas nos anos 60, o efeito phaser acrescenta uma cópia, com variação de fase de dois sinais elétricos idênticos, ao som original, criando uma sensação de movimento no som.

O pedal Green PHASE 900, fabricado pela Black Bug, assim como o CHORUS, FLANGER, CAIXA LESLIE, TREMOLO e outros, pertence ao grupo de efeitos de modulação, possui dois botões que permitem o ajuste do RATE e do DEPTH. O RATE ajusta a frequência (tempo) do phaser e DEPTH a intensidade do efeito de rotação.

Pertencendo ao grupo de efeitos de modulação, o phaser, basicamente, trabalha dobrando o sinal através de um oscilador de baixa freqüência (LFO), e variando a fase do sinal elétrico.

A seguir três sugestões de ajustes do RATE e do DEPTH para base e solo:

 









A primeira sugestão (figura 1), fixando o RATE em 12 horas e variando o DEPTH entre 12 e 9 horas, dá uma característica interessante ao som bem semelhante ao de uma CAIXA LESLIE! A segunda sugestão (figura 2), com o RATE podendo sofrer uma variação entre 12 e 3 horas e DEPTH entre 9 e 6 horas, é muito legal para solos, principalmente adicionando um pouco de distorção! A terceira sugestão (figura 3), com DEPTH fixo em 9 horas e, principalmente com o RATE um pouco abaixo das 3 horas, a oscilação produz um efeito de TREMOLO muito legal!

Já o booster é um efeito que simplesmente aumenta o volume do sinal que recebe sem chegar a saturá-lo. É a solução para quando se deseja um momento de destaque - em relação ao restante da banda, por exemplo.

O pedal Blue Booster, também fabricado pela Black Bug, assim como um OVERDRIVE ou um FUZZ, pertence ao grupo de efeitos de ganho, possui dois botões que, basicamente, permitem o ajuste do nível de saída.

Minha sugestão é iniciar os testes fixando o DISTORTION no máximo e o OUTPUT a partir de 9 horas.

Com designer vintage, que lembra o lendário MXR PHASE 90 utilizado por Jimmy Page em Physical Graffiti e Ed Van Halen em músicas como Eruption, Atomic Punk e Ain't Talkin' 'Bout Love, o Green PHASE 900, assim como o Blue Booster, são resistentes, confeccionados em metal, com chave liga-desliga com um excelente true bypass - não havendo perda de sinal da guitarra.

Recomendo, para um melhor rendimento, a utilização de uma boa fonte de alimentação, ou uma bateria alcalina.

Excelente relação custo-benefício!

Alguns exemplos de ajustes. Vale conferir!

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Jornalista, Músico ( posição no Rank de Jazz da reverbnation.com/niltonvalle) e Funcionário Público Federal. 
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domingo, 18 de março de 2012

Fazer o bem!


“Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo.” Prov. 3:27.

A teoria da sabedoria é o conhecimento e a aplicação efetiva do conhecimento é a verdadeira sabedoria.

Isto quer dizer que para vivermos sabiamente precisamos entender que fazer o bem é parte do nosso próprio bem-estar? Não! Entender não é estender a mão. Entender é teoria. Estender a mão é a prática. A sabedoria junta ambos, conhecimento e prática, de uma forma admirável.

 

Todos os dias, em qualquer esquina, está em nossa mão fazer o bem. Oportunidades não faltam. Não é preciso procurá-las. Não são apenas pessoas pedindo esmolas ou crianças tentando sobreviver na rua e moldando os seus futuros miseráveis. São corações feridos, vidas destruídas, gente desesperada, esperando uma palavra de conforto, um sorriso ou apenas um leve toque no ombro.

Um dia desses, enquanto esperava um amigo na empresa em que trabalho, vi uma copeira ser praticamente agredida com palavras por sua chefia. Retornando à tarde, após o almoço, a encontrei. Estava triste. Pensei várias vezes antes de falar alguma coisa. Mas, estava na minha mão fazer o bem e o fiz. Olhando nos seus olhos, disse: “Vi o quê aconteceu. Não permita que palavras ditas num momento de ira tirem a sua paz.”

Quando retornei à minha mesa encontrei uma nota que dizia: “Obrigada, não sabe o quanto as suas palavras me ajudaram.”

Fiquei feliz. Foi gratificante. Não levou mais do que poucos segundos!

Olhe em sua volta hoje. Dê um sorriso, encoraje, anime, ofereça mais do que uma simples moeda, dê um pedaço de si. Não custa nada e faz bem!

Se você está vivendo hoje um momento difícil, não tome isso como argumento para não estender a mão! Existe alguém mais necessitado do que você.

 “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo.”

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Jornalista, Músico ( posição no Rank de Jazz da reverbnation.com/niltonvalle) e Funcionário Público Federal. 
Agraciado com o Prêmio Embaixador do Rio! 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Virtual Guitar System - (Publicada na revista Backstage na edição de outubro de 2009)


MODELAGEM
Física
Virtual Guitar System

(Parte 2)

Você deseja o timbre de uma Gibson 335? Que tal uma P-90? Ou uma Fender Stratocaster? Quer tocar em um amplificador JC-120? As possibilidades são inúmeras a um custo, atualmente, bastante acessível!

Nesta matéria, iremos analisar um pouco mais detalhadamente o sistema de modelagem de guitarra desenvolvido pela Roland – o VG-99. Na matéria anterior, sobre modelagem física, disse que a Roland desenvolveu uma tecnologia denominada COSM (Composite Object Sound Modeling) capaz de recriar digitalmente o som de vários instrumentos clássicos, amplificadores e efeitos sonoros consagrados.


Roland VG-99

O VG-99 trabalha com dois sistemas COSM totalmente independentes, um para guitarra e outro para amplificação. É possível escolher dois tipos de guitarras diferentes (uma Fender Stratocaster e uma Gibson 335, por exemplo), dois tipos de amplificadores (digamos, um JC-120 e um Marshall 1959) e diversos efeitos para cada set (CRY BABY, BOSS BD-2, Ibanez TS-808, ProCo RAT, Marshall GUV’ NOR) – e até as condições em que o som é captado por um microfone!

Você pode usar dois set simultaneamente e configurar seu acionamento de acordo com a dinâmica musical, ou seja, intensidade sonora com que as notas são executadas.

Também é possível conectar duas guitarras no VG-99, uma no conector GK IN e outra no GUITAR INPUT.

A propósito, existe uma saída do som natural da guitarra conectada no GK-3 que pode ser utilizada de formas muito interessantes: em gravações, pode ser utilizada para re-amping (mudar o timbre direcionando o som para um outro amplificador) ou em som ao vivo, para, por exemplo, inserir um outro efeito, como chorus com delays curtíssimos (entre 12 e 30ms) para fazer o som soar mais gordo e imponente. Experimente!




















O VG-99 vem acompanhado de um CD-ROM contendo programas, para Windows e Macintosh, que permitem (estando o VG-99 conectado em um computador através de um cabo USB, naturalmente), de maneira bastante intuitiva, fazer ajustes nos patches (timbres) e gerenciar a biblioteca.

















VG-99 Editor

O VG-99 possui uma série de recursos que possibilitam a mudança de timbre em tempo real. Dentre os novos recursos de expressão, destacaria o D-Beam e o Ribbon.

O D-Beam (feixe de luz) é um dispositivo sensível a luz que permite controlar o som através do movimento de um objeto (mão ou mesmo o braço da guitarra) que provoque a variação do feixe luminoso em função da posição do objeto, mais ou menos distante, em relação à fonte luminosa. Os efeitos estão agrupados e são acionados através de três botões: PITCH (variação da frequência do som), FILTER (filtro) e ASSIGNABLE (endereçamento de parâmetros).

Entre as diversas funções, você pode, por exemplo, simular uma série de técnicas de execução (vibrato, bend release, reverse bend) com o T-ARM (Tremolo Arm Channel), inclusive, escolher o tipo de alavanca (de Fender Stratocaster, Bigsby Gibson, Rickenbacker, Floyd Rose), sustentar um som através do FREEZE, cortar faixas de frequências, endereçar diversos parâmetros.

Todas as funcionalidades do D-Beam estão disponíveis em outro dispositivo, o Ribbon, que é controlado através do movimento do dedo em contato com uma fita (ribbon).

Você também pode conectar o VG-99 a uma pedaleira Roland FC-300 (opcional) e desta forma realizar uma série de operações triviais, como mudança de patches (os patches também são modificados através dos botões DIRECT PATCH existentes no VG-99) e afinação (QUICK TUNER), e outras nem tanto triviais assim como controlar os canais de dois amplificadores de guitarra diferentes!















FC-300

O FC-300, assim como o VG-99, é um equipamento MIDI (Musical Instrument Digital Interface) que vem equipado com dois pedais de expressão e dois de controle (CTL1 e CLT2), possui conector RRC2 (que além de ser fonte de alimentação é uma via de comunicação de mão-dupla) e dois AMP CONTROL.

Já que, como diz o ditado, “uma imagem vale mais do que mil palavras”, vamos as possibilidades de conexões! Risos. 












Em outra oportunidade detalharemos um pouco mais este assunto. Ok?

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Jornalista, Músico ( posição no Rank de Jazz da reverbnation.com/niltonvalle) e Funcionário Público Federal. 
Agraciado com o Prêmio Embaixador do Rio! 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Virtual Guitar System - (Publicada na revista Backstage na edição de setembro de 2009)



MODELAGEM
Física
Virtual Guitar System

(Parte 1)

Você deseja o timbre de uma Gibson 335? Que tal uma P-90? Ou uma Fender Stratocaster? Quer tocar em um amplificador JC-120? As possibilidades são inúmeras a um custo, atualmente, bastante acessível!

Já há algum tempo venho acompanhando a evolução dos equipamentos cuja proposta é a geração de timbres de instrumentos musicais através de algoritmos complexos computacionais. Alguns amigos músicos, principalmente os ligados a determinados gêneros musicais (melhor omitir os gêneros musicais, não é? Rs.), não cansam em afirmar, calorosamente, que o timbre conseguido com uma guitarra e um amplificador (real) é muito diferente do gerado por um simulador! Será? 

A modelagem física é um dos processos para sintetizar sons. Por utilizar métodos computacionais complexos (e pesados) para simular os timbres dos instrumentos musicais demanda uma grande capacidade computacional. Logo, não podemos afirmar coisa alguma pensando nos primeiros simuladores, como o teclado Yamaha VL1 (e o módulo correspondente, VL-1m) que no início da década de 1990 já incorporava essa tecnologia, pois atualmente a capacidade de processamento desses equipamentos aumentou. E muito!


YAMAHA VL1                                   

Antes, porém, vamos tratar de uma outra questão que está muito ligada, mas é um processo totalmente diferente – samplers. Sempre surgem quando a discussão gira em torno de geração de timbres. Alguns afirmam que estão mais próximos do som real dos instrumentos por serem amostras. Ok, mas como funcionam?

Sem querer, no momento, entrar em detalhes, um sampler, apesar da qualidade do timbre gerado, não consegue reproduzir todas as nuances que o som de um instrumento realmente possui – ainda mais se o instrumento for acústico!

Fazendo uma analogia: por mais que o “slide” seja bom, contendo diversas fotos significativas, não dá para comparar com o filme contendo todas as imagens!

Já com a modelagem física, graças ao aumento da capacidade de processamento dos chips DSP (Digital Signal Processor), tornou-se possível a implementação de algoritmos complexos (que continuam evoluindo a cada dia) capazes de capturar muitas das características dos instrumentos e equipamentos reais e, até, as condições em que o som é captado através de um microfone – o que torna praticamente imperceptível ao ouvido comum perceber alguma diferença. E aí, principalmente, incluiríamos o consumidor final!

Evidentemente que a qualidade do timbre depende, além do poder de processamento do chip DSP, da qualidade do algoritmo. 

Será (e talvez eu ainda faça esse teste) que se eu gravasse vários timbres de instrumentos (reais e virtuais) alguém saberia dizer quais deles foram gerados por um simulador?

Por mais que acredite na capacidade auditiva de alguns músicos experientes, minha opinião pessoal é que, atualmente, seria muito difícil! 

Um amigo me viu conectando um cabo de 13 pinos (um captador hexafônico Roland GKC, mas poderia ser um AXON PU-100) em um Roland VG-99 e me perguntou é MIDI igual ao GR-20? Outra confusão que fazemos...

Apesar de utilizar o mesmo cabo que o Roland GR-20, por exemplo, o VG-99 tem outro propósito.

ROLAND GR-20

O GR-20 é um sintetizador de uso geral, capaz de gerar timbres de diversos instrumentos (piano, trompete, flauta, etc). Foi concebido para permitir aos guitarristas a geração de timbres até então só conseguidos através de teclados, como o Yamaha Motif ou o Roland Fantom-XA.

 

MOTIF RACK XS


FANTOM-XA

Tem gente que diz que é estranho tocar um equipamento desse tipo. No início pode parecer um pouco. Na verdade, são necessários alguns ajustes no equipamento de maneira a adequá-lo ao nosso jeito de tocar.

 

AXON AX 100 MKII

A proposta do desenvolvimento de projetos como os dos equipamentos Roland GR-20 e Axon AX 100 MKII foi “apenas” mudar a interface. É como se estivéssemos utilizando um Yamaha Motif ou um Roland Fan-tom-XA só que ao invés de um teclado usamos uma guitarra.

Por mais que a tecnologia avance para, cada vez mais, permitir que o guitarrista toque de maneira habitual (deixando para o equipamento as compensações necessárias devido às características de cada instrumento) não faz muito sentido executar um “bend” (técnica utilizada na guitarra na qual você levanta ou abaixa a corda do instrumento para chegar a outra nota), por exemplo, em um piano – o equipamento vai considerar como se a próxima nota tivesse sido tocada também. Se o objetivo for fazer o timbre ficar o mais próximo possível do instrumento real temos que, considerando os recursos disponíveis no equipamento, aprender a tocar pensando no instrumento real.

Tem um vídeo do Robert Marcello, em que ele demonstra de maneira brilhante, a execução de vários instrumentos com o GR-20, e um outro, também muito legal, do Burr Johnson, utilizando o Axon AX 100 MKII para sequenciar vários instrumentos. Imperdíveis!






Para mais detalhes você pode consultar um artigo sobre o Axon AX 100 MKII, um conversor midi (Musical Instrument Digital Interface), com sintetizador interno, distribuído no Brasil pela Mix Trade, publicado na Backstage na edição 165. Também disponível online neste Blog.

Tanto o GR-20 quanto o VG-99 são instrumentos midi, a maioria dos equipamentos atuais é. E, naturalmente, reconhecem instruções midi para se comunicarem uns com outros – midi é um protocolo de comunicação. Mas o VG-99 foi desenvolvido com outro propósito, e nesse tipo de equipamento é possível sim tocar naturalmente! 

O Roland VG-99 utiliza uma tecnologia de modelagem física denominada COSM (Composite Object Sound Modeling) que permite recriar digitalmente o som de vários instrumentos clássicos (Rickenbacker 360, Gibson L-4 CES, etc), amplificadores (Roland JC-120, Fender Twin Reverb, Vox AC-30TB, Hughes & Kettner Triamp, dentre outros) e efeitos sonoros consagrados (Boss BD-2, ProCo Rat, Fuzzface, por exemplo) levando em conta as nuances do som, inclusive as características elétricas e físicas, criando um modelo digital capaz de reproduzi-lo.



ROLAND VG-99

A Line 6, fabricante do PODxt Live, dentre outros equipamentos, despontou, há alguns anos atrás, com a Line 6 Point-to-Point Interactive modeling technology, sua tecnologia de modelagem física, com o modelo de amplificador Vetta II. Um estudo pormenorizado foi realizado visando capturar as nuances de alguns equipamentos clássicos especialmente selecionados, tanto amplificadores (Fender® Tweed Deluxe® 1953, Hiwatt® DR-103, Marshall® JTM-45 1965, por exemplo) quanto pedais de efeito (Ibanez® Tube Screamer®, ProCo Rat, Boss CS-1, dentre outros), traduzindo esse conhecimento em um software que simula o processamento do sinal das válvulas (considerado a chave da qualidade do timbre de qualquer amp lendário) e toda a parte eletrônica dos equipamentos. 


PODxT Live

Em outra oportunidade detalharemos um pouco mais este assunto. Ok?

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Jornalista, Músico ( posição no Rank de Jazz da reverbnation.com/niltonvalle) e Funcionário Público Federal. 
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