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sábado, 19 de maio de 2012

LOOP STATION (Publicada na revista Backstage na edição de fevereiro de 2010)

Como Robert Fripp e Brian Eno contribuíram para o seu desenvolvimento.

Desde os seus primórdios, o rock progressivo sempre teve uma característica experimental, de permitir longas improvisações, misturar estilos musicais, utilizar diferentes efeitos sonoros para produzir uma atmosfera musical altamente criativa.

Robert Fripp e Brian Eno criaram, desenvolveram e utilizaram processadores de efeitos altamente complexos.

Em meados de 1972, Robert Fripp, durante a turnê inicial da formação Larks’ Tongues in Aspic (King Crimson), desenvolveu um complexo equipamento em que se consistia, basicamente, na repetição contínua de determinadas frases da guitarra. Nascia assim o primeiro sistema de tape loop – o Frippertronics (denominação dada pela namorada Joanna Walton).

Frippertronics

O Frippertronics era composto de dois gravadores de rolo conectados e quando o primeiro gravador era acionado, ele passava o áudio que foi gravado para o segundo gravador que, por sua vez, voltava tudo o que foi gravado para o primeiro gravador, criando assim um efeito de repetição.

Em sua turnê com o Roxy Music, também em 72, Brian Eno desenvolveu um sistema semelhante. Nascia assim o Enossofication.

Em novembro de 1972, os dois músicos gravaram o álbum No Pussyfooting composto de duas músicas, The Heavenly Music Corporation (20:55) e Swastika Girls (18:43), onde os dois músicos exploram todos os recursos do Frippertronics e Enossofication. O disco, lançado em 73, causou tamanha estranheza que a gravadora EG decidiu tirar o disco de circulação e só relançá-lo junto com o segundo trabalho dos dois músicos, Evening Star, em 1975.  

Álbum No Pussyfooting – repare a repetição das imagens dos dois músicos.

Robert Fripp e Brian Eno, em suas carreiras solos, continuariam aperfeiçoando e experimentando seus equipamentos. Na década de 1990 os Frippertronics passaram a utilizar o sistema digital (em vez de gravadores) e foram renomeados para Soundscapes.

Alguns Modelos Atuais de Loop Station

Uma Loop Station é um gravador digital desenvolvido com o intuito de facilitar as sobreposições de loops e criação de arranjos em tempo real. Em uma performance individual, como a do Jonny Wright, ou de uma banda inteira, como a da banda The Benelux, o equipamento veio pra somar. Mas existem outras aplicações, além da mais óbvia, que seria utilizá-lo como gravador digital – o Boss RC-50, por exemplo, é um gravador digital de 3 canais onde cada gravação (patch) pode gerar até 3 arquivos WAV, um para cada canal (phrase), sendo ilimitado o número de sobreposições de loops (overdub) em cada canal.

Você pode utilizar o equipamento para praticar – criando backings para improvisar. Ou até importar um arquivo WAV do computador e diminuir a sua velocidade (tempo) para treinar – JAM (Jazz After Midnight)!

Ideal para performances, praticar, dar aulas e workshops!

Confira a performance de Jonny Wright e da banda The Benelux:




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Jornalista, Músico ( posição no Rank de Jazz da reverbnation.com/niltonvalle) e Funcionário Público Federal. 

Agraciado com o Prêmio Embaixador do Rio!