Como Robert Fripp e Brian Eno contribuíram para o
seu desenvolvimento.
Desde
os seus primórdios, o rock progressivo sempre teve uma característica
experimental, de permitir longas improvisações, misturar estilos musicais, utilizar
diferentes efeitos sonoros para produzir uma atmosfera musical altamente
criativa.
Robert Fripp e Brian Eno criaram, desenvolveram e utilizaram processadores de efeitos altamente complexos.
Em
meados de 1972, Robert Fripp, durante a turnê inicial da formação Larks’ Tongues
in Aspic (King Crimson), desenvolveu um complexo equipamento em
que se consistia, basicamente, na repetição contínua de determinadas frases da
guitarra. Nascia assim o primeiro sistema
de tape loop – o Frippertronics
(denominação dada pela namorada Joanna Walton).
Frippertronics
O
Frippertronics era composto de dois
gravadores de rolo conectados e quando o primeiro gravador era acionado, ele
passava o áudio que foi gravado para o segundo gravador que, por sua vez, voltava
tudo o que foi gravado para o primeiro gravador, criando assim um efeito de repetição.
Em
sua turnê com o Roxy Music, também em 72, Brian Eno desenvolveu um sistema semelhante.
Nascia assim o Enossofication.
Em
novembro de 1972, os dois músicos gravaram o álbum No Pussyfooting composto de duas músicas, The Heavenly Music Corporation (20:55)
e Swastika Girls (18:43), onde os dois
músicos exploram todos os recursos do Frippertronics
e Enossofication. O disco, lançado em
73, causou tamanha estranheza que a gravadora EG decidiu tirar o disco de
circulação e só relançá-lo junto com o segundo trabalho dos dois músicos, Evening Star, em 1975.
Álbum No Pussyfooting – repare a repetição das imagens dos
dois músicos.
Robert
Fripp e Brian Eno, em suas carreiras solos, continuariam aperfeiçoando e
experimentando seus equipamentos. Na década de 1990 os Frippertronics
passaram a utilizar o sistema digital (em vez de gravadores) e foram renomeados
para Soundscapes.
Alguns Modelos Atuais de Loop Station
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Uma
Loop Station é um gravador digital desenvolvido com o intuito de facilitar as sobreposições
de loops e criação de arranjos em tempo real. Em uma performance individual,
como a do Jonny Wright, ou de uma
banda inteira, como a da banda The
Benelux,
o equipamento veio pra somar. Mas existem outras aplicações, além da mais
óbvia, que seria utilizá-lo como gravador digital – o Boss RC-50, por exemplo, é
um gravador digital de 3 canais onde cada gravação (patch) pode gerar até 3 arquivos WAV, um para cada canal (phrase), sendo ilimitado o número de sobreposições de loops (overdub) em cada canal.
Você pode utilizar o equipamento para
praticar – criando backings para
improvisar. Ou até importar um arquivo WAV do computador e diminuir a sua velocidade (tempo) para treinar – JAM (Jazz After Midnight)!
Ideal
para performances, praticar, dar aulas e workshops!
Confira a performance de Jonny Wright e da banda The Benelux:
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Jornalista, Músico (3ª posição no Rank de Jazz da reverbnation.com/niltonvalle) e Funcionário Público Federal.
Agraciado com o Prêmio Embaixador do Rio!